A sexóloga Rosana Cidrão discute os indícios de que uma pessoa pode ser ‘viciada’ em traição, afirmando que esse comportamento pode se tornar um padrão em relacionamentos. Em sua análise, ela destaca que, embora pareça uma escolha moral, a traição está ligada a mecanismos neuroquímicos que geram prazer e dependência emocional. A condição pode ser reconhecida através de sentimentos de insatisfação e a busca por emoções intensas.
Cidrão explica que a traição pode surgir como uma forma inconsciente de lidar com emoções negativas, como solidão e frustração, levando a um ciclo vicioso de culpa e repetição do comportamento. O cérebro, ao liberar substâncias como dopamina e serotonina durante a traição, cria uma sensação de recompensa que se torna difícil de resistir. Assim, essa compulsão pode se alimentar de um desejo constante por novidade e risco, especialmente em momentos de insatisfação afetiva.
Para romper com esse padrão, a especialista sugere um processo de autoconhecimento e acompanhamento psicológico. O reconhecimento do comportamento e suas raízes emocionais é crucial para a superação, pois a traição muitas vezes reflete questões internas do indivíduo. Terapias focadas em dependência emocional e autoestima podem ser eficazes na reeducação de hábitos, permitindo que a pessoa aprenda a se relacionar de maneira mais saudável e autêntica.

