O Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos se prepara para anunciar, nesta semana, um segundo corte consecutivo de juros, em resposta aos sinais de fraqueza no mercado de trabalho. Esse movimento, no entanto, é cercado por crescentes divisões internas entre os dirigentes do Fed, que expressam preocupações sobre o impacto da inflação e o ritmo dos cortes. A decisão final sobre a política monetária será debatida nas próximas reuniões da instituição.
A ala mais favorável a juros baixos, conhecida como dovish, tem predominado na discussão, promovendo a redução das taxas. Contudo, há uma resistência crescente, especialmente entre os dirigentes que temem que cortes adicionais possam exacerbar a inflação, especialmente em serviços, que supera 3% ao ano. O contexto atual é agravado pela falta de dados oficiais, devido ao shutdown do governo americano, o que dificulta a análise da situação econômica e as decisões do Fed.
As implicações dessa divisão interna podem afetar não apenas a credibilidade do Fed, mas também a trajetória da economia americana. As expectativas do mercado indicam a possibilidade de mais cortes nos juros até março, mas a incerteza e as preocupações sobre a inflação podem limitar ações futuras. A necessidade de um equilíbrio entre crescimento econômico e controle da inflação se torna cada vez mais evidente entre os formuladores de políticas monetárias.

