José Velloso, presidente da Abimaq, manifestou otimismo moderado em relação às negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos durante um encontro entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva, realizado na Malásia. Velloso observou que, embora haja alguma evolução, a lentidão dos processos resulta em prejuízos para os empresários, que enfrentam dificuldades crescentes devido ao tarifaço vigente.
Durante sua análise, Velloso ressaltou que a iniciativa privada nos dois países está perdendo recursos significativos em decorrência da demora nas tratativas. Ele mencionou uma queda de 28% nas vendas de máquinas brasileiras para os EUA em setembro, excluindo os setores de construção civil e rodoviário. Para ele, a situação pede urgência, já que a substituição de fornecedores pode se tornar irreversível se as negociações não forem aceleradas.
O presidente da Abimaq propôs duas alternativas: uma trégua nas tarifas enquanto as discussões prosseguem ou a ampliação da lista de exceções ao tarifaço. Ele acredita que uma trégua temporária poderia beneficiar o setor, permitindo a chegada de equipamentos essenciais e evitando o represamento de novas encomendas. No entanto, Velloso alertou que essa solução não resolveria os problemas futuros de abastecimento.