O governo federal anunciou que já ressarciu R$ 2,3 bilhões a aposentados e pensionistas do INSS que enfrentaram descontos indevidos em seus benefícios. Esses valores foram devolvidos devido a cobranças irregulares realizadas por sindicatos e organizações de aposentados. Cerca de 3,3 mil pagamentos foram realizados e estão programados até 27 de outubro, com os valores corrigidos pela inflação.
As investigações em torno das fraudes, que fazem parte da Operação Sem Desconto, revelaram que pelo menos seis entidades utilizaram softwares para falsificar assinaturas e enviaram gravações de áudio como suposta prova de autorização. A Controladoria-Geral da União (CGU) e o INSS instauraram 52 processos administrativos contra diversas associações e empresas envolvidas. As apurações visam responsabilizar as entidades que lesaram aposentados e possibilitar um controle mais eficaz sobre os repasses da Previdência.
Desde o início das investigações, os descontos de mensalidades associativas nos benefícios estão suspensos por tempo indeterminado. O novo modelo de ressarcimento exige que os beneficiários aceitem um termo de quitação, comprometendo-se a não mover ações contra a União, mas mantendo o direito de processar as entidades responsáveis. Essa situação expõe falhas significativas no controle dos repasses automáticos, afetando milhões de aposentados em todo o país.