Reflexões sobre o crescimento do poder estatal no identitarismo

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 1 min.

O poder do Estado moderno se fortalece não apenas por meio da imposição, mas também pela demanda dos próprios cidadãos. A cada vez que a população solicita maior intervenção do governo, essa autoridade se expande e se torna mais sólida. Essa dinâmica é especialmente evidente no contexto do identitarismo, que busca atender às necessidades de grupos diversos na sociedade.

Esse movimento, embora vise a inclusão, também pode ser visto como punitivo, já que a pressão por reconhecimento e direitos pode levar a um aumento nas sanções e no controle social. O identitarismo, ao exigir que o Estado atue em favor de determinados grupos, pode inadvertidamente contribuir para um estado mais autoritário, onde as liberdades individuais são sacrificadas em nome de uma suposta justiça social.

As implicações desse fenômeno são profundas, pois nos forçam a refletir sobre o equilíbrio entre a liberdade individual e a intervenção estatal. À medida que o identitarismo avança, é crucial que a sociedade se pergunte até onde está disposta a permitir que o Estado exerça seu poder em nome da proteção de identidades. Esse debate será fundamental para a construção de um futuro que respeite tanto a diversidade quanto as liberdades civis.

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