Um estudo realizado pelo Instituto Karolinska, na Suécia, revelou que mulheres que não fazem a primeira mamografia têm até 40% mais probabilidade de morrer em decorrência do câncer de mama. Publicada no British Medical Journal, a pesquisa analisou 432 mil mulheres ao longo de 25 anos, destacando que 32% delas não compareceram ao exame quando aconselhadas por médicos ou ao atingirem a idade recomendada para a triagem.
Os resultados indicam que a falta de adesão à mamografia pode levar a diagnósticos mais tardios e, consequentemente, a um prognóstico pior para as pacientes. Entre as participantes que não realizaram o exame, a incidência de câncer foi semelhante àquelas que compareceram, mas os tumores diagnosticados fora do rastreamento eram mais avançados. A oncologista Heloisa Veasey Rodrigues enfatiza a necessidade de conscientização sobre a importância da prevenção e acesso a esses exames, principalmente para mulheres mais jovens.
Para combater a alta taxa de mortalidade, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que o rastreamento comece aos 40 anos. O Sistema Único de Saúde (SUS) também implementou mudanças para facilitar o acesso ao exame. O estudo ressalta a importância de campanhas de conscientização e políticas públicas que incentivem a realização regular da mamografia, essenciais para a redução da mortalidade por câncer de mama.

