Nesta sexta-feira (24), o governo dos Estados Unidos anunciou um novo ataque contra uma embarcação em águas internacionais no Caribe, elevando para dez o número de ofensivas desde 2 de setembro. Esses ataques resultaram na morte de 43 pessoas, realizadas sem o cumprimento de procedimentos judiciais ou uma declaração de guerra formal pelo Congresso americano, gerando controvérsias e críticas internacionais.
Os EUA justificaram suas ações alegando que as embarcações atacadas estavam envolvidas no transporte de narcóticos, embora não tenham apresentado provas que sustentem essas alegações. A escalada militar coincide com um aumento das tensões com os governos da Venezuela e da Colômbia, que acusam os EUA de buscar uma mudança de regime na região e de violar a soberania nacional. O presidente venezuelano, por exemplo, descreveu os ataques como “execuções em série” e pediu uma investigação da ONU.
Os desdobramentos dessas ofensivas podem resultar em repercussões diplomáticas significativas, além de alimentar um clima de hostilidade na região. A retórica agressiva do governo dos EUA e as respostas firmes das lideranças latino-americanas, incluindo promessas de ações retaliatórias, indicam que a situação pode se deteriorar ainda mais. O futuro das relações entre os Estados Unidos e seus vizinhos do Caribe e da América do Sul permanece incerto, à medida que a comunidade internacional observa atentamente.

