Catedral da Sé em SP recebe ato em memória de Vladimir Herzog

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Um ato inter-religioso em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog reuniu mais de 8.000 pessoas na Catedral da Sé, em São Paulo, no último sábado (25). A cerimônia marcou os 50 anos da morte de Herzog, que foi uma das vítimas da repressão durante a ditadura militar. Entre os presentes estavam familiares, autoridades políticas e membros da sociedade civil, todos unidos para recordar a importância da liberdade de expressão.

O evento foi uma recriação de uma missa inter-religiosa realizada em 1975, que também homenageou Herzog após sua morte. Na ocasião, personalidades como D. Paulo Evaristo Arns e o rabino Henry Sobel lideraram a cerimônia. Desta vez, o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, e a reverenda Anita Wright, filha de um dos líderes do ato original, foram figuras centrais, ressaltando a continuidade da luta por justiça e reconhecimento das vítimas da ditadura.

Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, também participou do ato e enfatizou que a morte de Herzog simboliza o extremismo do Estado que perseguia cidadãos. Contudo, ele não se posicionou sobre a revisão da Lei da Anistia, uma demanda dos familiares das vítimas. O filho de Herzog, Ivo, criticou a falta de debate sobre a ADPF 320, que visa discutir essa questão no Supremo Tribunal Federal, e pediu que o tema seja levado ao plenário para que a justiça seja finalmente alcançada.

Compartilhe esta notícia