Estudo revela práticas neolíticas através de alcatrão mastigado nos Alpes

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 1 min.

Um novo estudo revelou que fragmentos de alcatrão mastigados, com aproximadamente 6.300 anos, fornecem valiosas informações sobre as comunidades neolíticas nos Alpes europeus. A pesquisa identificou sinais de mastigação em artefatos, permitindo a análise do DNA humano e de elementos da dieta, como sementes de linhaça e papoula, o que sugere possíveis usos medicinais ou alimentares.

Os pesquisadores descobriram que a saliva poderia ter sido utilizada para amolecer o alcatrão, que era empregado também como cola, demonstrando a multifuncionalidade da substância. A análise do DNA revelou a presença de traços que podem indicar os papéis de gênero na sociedade, com uma clara distinção entre as ferramentas de pedra e os itens de cerâmica, que continham DNA masculino e feminino, respectivamente.

Essas descobertas não apenas iluminam aspectos da saúde e dieta das populações antigas, mas também oferecem uma visão sobre a vida cotidiana e as interações sociais dos neolíticos. A pesquisa, publicada na revista Proceedings of the Royal Society B, destaca a importância de artefatos como o alcatrão na compreensão da história humana e suas práticas culturais.

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