Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se encontram neste domingo, 26 de outubro, em Kuala Lumpur, Malásia, com o objetivo de discutir um possível acordo sobre terras raras. Esses minerais são essenciais para o desenvolvimento de tecnologias avançadas e se tornaram um ponto focal nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, que detém a maior parte da capacidade de refino global.
O encontro surge em um contexto de tarifas elevadas impostas pelos EUA, que hoje atingem 50% sobre produtos brasileiros. O governo americano está buscando alternativas para reduzir sua dependência da China, e o Brasil, detentor da segunda maior reserva de terras raras, aparece como um aliado estratégico. A reunião também visa explorar investimentos em processamento local e transferência de tecnologia, o que poderia beneficiar a economia brasileira.
As implicações desse encontro são significativas, pois um acordo pode não apenas aliviar as tarifas, mas também abrir portas para uma nova era de colaboração entre os dois países. Com a intensificação da guerra econômica entre Estados Unidos e China, o Brasil se posiciona como uma alternativa viável, almejando atrair investimentos sem abrir mão do controle sobre suas reservas estratégicas de minerais.