O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem adotado a tática de ‘dividir para conquistar’ em sua estratégia política. Aproveitando uma recuperação de popularidade e a diminuição da figura de Jair Bolsonaro, Lula busca fragmentar os partidos do Centrão que integram seu governo, como União Brasil e PP. O objetivo é evitar que esses partidos formalizem apoio a candidaturas de oposição nas eleições de 2026.
Com quase um quarto da Esplanada dos Ministérios sob o controle de filiados de partidos centristas, Lula enfrenta o desafio de manter a lealdade de seus ministros, muitos dos quais têm aspirações eleitorais para o próximo ano. A resistência de ministros como Celso Sabino e André Fufuca em deixar seus cargos, apesar da pressão de suas legendas, demonstra a complexidade do cenário político. Além disso, Lula considera a possibilidade de uma neutralidade política desses partidos como uma vitória estratégica, permitindo que seus filiados se movimentem conforme interesses regionais.
A movimentação de Lula inclui uma série de exonerações de aliados considerados desleais, buscando reorganizar sua base de apoio no Congresso. A recente recuperação da popularidade do governo, aliada à indefinição da oposição após a saída de Bolsonaro, oferece a Lula uma oportunidade para consolidar sua influência política. Com o cenário eleitoral em evolução, o presidente se posiciona como um jogador ativo, moldando alianças e fragmentando adversários.

