A proposta de anistia na Câmara dos Deputados, que já teve regime de urgência aprovado, continua sem previsão para votação. O líder do PL, partido que lidera a solicitação, pediu um prazo adicional de 15 dias para discutir o projeto, que visa beneficiar condenados pelos eventos de 8 de janeiro. Apesar do apelo, a anistia não está entre as prioridades da agenda nas próximas reuniões da Casa.
A situação é complexa, pois a proposta enfrenta resistência tanto entre os líderes do Centrão quanto na oposição. O relator do projeto, que se refere à proposta como ‘PL da Dosimetria’, busca focar na redução de penas, afastando a ideia de uma anistia ampla, a qual é defendida por alguns setores. O ex-presidente, condenado a 27 anos por envolvimento em tentativas de golpe, é um dos principais beneficiários almejados pela proposta, o que intensifica as articulações políticas.
Os desdobramentos futuros dependem da resposta do Senado ao projeto, uma vez que sua aprovação pela Câmara pode não ter valor sem o compromisso da Casa Alta. A desconfiança entre as duas Casas aumentou após a rejeição de uma proposta de emenda à Constituição anteriormente aprovada. Assim, a expectativa é que a questão da anistia retorne à pauta em novembro, mas com incertezas sobre seu desfecho.