O Brasil se prepara para implementar, a partir de 2026, o sistema de split payment, que permitirá o recolhimento automático de impostos durante transações comerciais. Este modelo, parte da Reforma Tributária, visa combater a sonegação e garantir uma arrecadação mais eficiente e transparente. No entanto, as empresas enfrentarão desafios significativos para se adaptar a essa nova realidade.
O split payment separa automaticamente o valor dos impostos no momento do pagamento, com uma parte indo diretamente para os cofres públicos e a outra para o fornecedor. Apesar dos benefícios esperados, especialistas alertam que a implementação exigirá uma infraestrutura tecnológica robusta e poderá impactar o fluxo de caixa das empresas, que perderão o controle sobre o momento do recolhimento dos tributos. A transição será marcada por um período de testes e ajustes, onde empresas e o governo aprenderão a operar o novo sistema em conjunto.
À medida que se aproxima a data de implementação, as empresas são aconselhadas a se prepararem, simulando cenários de impacto e revisando seus sistemas de gestão financeira. A legislação ainda requer regulamentação sobre alíquotas e funcionamento das plataformas, e o primeiro ano deverá ser utilizado para ajustes, ao invés de cobranças efetivas. Com isso, o split payment pode se tornar uma das mudanças mais disruptivas na história tributária do Brasil.