Rodrigo Penna de Siqueira, CFO da Jalles Machado, abordou os desafios impostos pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma entrevista ao programa Raiz do Negócio. Com a implementação das tarifas em agosto de 2025, a empresa, que se destaca na produção de açúcar e etanol de cana-de-açúcar, projetou um prejuízo de até R$ 25 milhões devido à sua forte dependência do mercado americano, onde 70% de suas exportações são direcionadas.
Apesar das expectativas negativas, Siqueira destacou que, nos últimos meses, os efeitos do tarifaço têm sido mitigados, uma vez que o mercado americano tem oferecido preços mais altos pelo açúcar orgânico. Ele explicou que a produção desse açúcar exige um processo rigoroso, onde as plantações devem passar por um período de quarentena de até quatro anos sem o uso de produtos químicos. Essa dinâmica mostra como a empresa se ajusta às novas condições do mercado, evitando desabastecimento.
O CFO também comentou sobre a situação do mercado internacional de açúcar, que está se recuperando após anos de déficit de produção. Embora haja uma projeção de superávit para a próxima safra, a empresa e o setor permanecem cautelosos, especialmente em relação aos estoques que ainda estão baixos. As adaptações da Jalles Machado podem indicar um caminho estratégico para enfrentar desafios futuros e fortalecer sua posição no mercado global.

