Ex-chefe de gabinete cobra R$ 100 mil por emenda em Rio Claro, SP

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Amanda Servidoni, ex-chefe de gabinete da Prefeitura de Rio Claro, São Paulo, está no centro de uma polêmica após a divulgação de áudios em que solicita R$ 100 mil como contrapartida por uma emenda parlamentar de R$ 300 mil. Filial ao PL e presidente do projeto social ‘Mulheres pela Fé’, Amanda reconhece a veracidade das gravações, mas nega ter negociado emendas, afirmando que não tem nada a declarar sobre o assunto.

As conversas reveladas indicam que Amanda discutia detalhes sobre o valor a ser pago para facilitar o encaminhamento de recursos públicos para o município. Em um dos áudios, um interlocutor faz referência a uma “prefeita” e uma “deputada”, sugerindo uma rede de negociação de emendas que pode envolver outras figuras políticas da região. A situação levanta preocupações sobre a ética nas práticas de alocação de emendas e a relação entre política e projetos sociais.

O impacto desse caso pode ser significativo, tanto para a imagem do PL quanto para a credibilidade das administrações públicas em Rio Claro. Embora Amanda tenha recebido apoio da secretária estadual de Políticas para a Mulher, Valéria Bolsonaro, que também não se manifestou sobre a situação, a situação poderá gerar um escrutínio maior das emendas parlamentares e da gestão de recursos públicos na região. O futuro da ex-chefe de gabinete e as repercussões para seu projeto social permanecem incertos.

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