O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, anunciou que a nova plataforma de apostas da instituição deve entrar em operação até o final de novembro, com uma expectativa de arrecadação entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões. A iniciativa, no entanto, gerou controvérsias, especialmente entre entidades defensores dos direitos do consumidor.
O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) condenou a decisão, afirmando que a entrada da Caixa em um mercado de apostas contraria seu papel como um banco público voltado para o fomento social. A entidade ressaltou que a plataforma pode agravar problemas sociais, como o vício em jogos e o endividamento, além de mencionar as dificuldades enfrentadas por casas lotéricas que atendem a população mais vulnerável.
Em sua crítica, o Idec destacou a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa no setor de apostas e questionou o compromisso da Caixa com a cidadania. A entidade pediu uma reflexão sobre a identidade da instituição, sugerindo que não é viável ser um agente de desenvolvimento e, ao mesmo tempo, um operador de apostas digitais voltado ao lucro.