O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu autorização a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, para comparecer ao aniversário de 90 anos de sua avó, agendado para o dia 1° de novembro. Embora Cid esteja em liberdade, a permissão foi necessária em decorrência do monitoramento eletrônico ao qual está submetido. Moraes também determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal apresente um relatório sobre o monitoramento no prazo de 48 horas após o evento.
A autorização do STF surge após a defesa de Cid ter solicitado a extinção da punibilidade, citando que o ex-ajudante cumpriu dois anos de prisão durante as investigações. O pedido foi feito após a condenação de Cid e outros réus, incluindo o ex-presidente Bolsonaro, por crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado. As defesas têm um prazo de cinco dias para recorrer da decisão, que se encerra na próxima segunda-feira.
O julgamento que resultou na condenação ocorreu em 11 de setembro, com uma votação de 4 a 1. Os réus foram considerados culpados por crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A autorização de Moraes para Cid participar da comemoração familiar reflete as complexidades de sua situação legal e o monitoramento contínuo que enfrenta.

