Maduro acusa EUA de inventar guerra durante mobilização militar no Caribe

Carlos Eduardo Silva
Tempo: 2 min.

Na última sexta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou que os Estados Unidos estariam “inventando uma guerra” em resposta à mobilização militar americana no Caribe, que inclui o porta-aviões USS Gerald R. Ford. Ele afirmou que a presença militar dos EUA, que se intensificou com o envio de navios e soldados, visa derrubar seu governo sob a justificativa de combater o narcotráfico. Desde setembro, a marinha americana realizou operações que resultaram em bombardeios de embarcações suspeitas de tráfico de drogas, causando mortes e aumentando as tensões na região.

Maduro, em um discurso televisionado, refutou as alegações dos Estados Unidos, caracterizando-as como relatos “falsos e extravagantes”. Ele insistiu que a Venezuela está livre da produção de cocaína e que as operações americanas representam uma ameaça militar não apenas ao seu país, mas a toda a América Latina e Caribe. O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, também comentou sobre o assunto, enfatizando a necessidade de proteger a soberania nacional diante das manobras americanas.

As declarações de Maduro e o aumento da presença militar dos EUA no Caribe sugerem um cenário de crescente tensão entre os dois países. A situação pode ter desdobramentos significativos para a segurança regional, especialmente se os Estados Unidos decidirem intensificar suas operações. O desenrolar deste conflito poderá afetar não apenas a Venezuela, mas também as relações diplomáticas na América Latina, levando a um aumento das divisões políticas na região.

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