EUA ampliam reconhecimento facial nas fronteiras para monitorar não-cidadãos

Carlos Eduardo Silva
Tempo: 2 min.

Os Estados Unidos anunciaram a implementação de uma nova regulamentação que expande o uso de tecnologia de reconhecimento facial para rastrear não-cidadãos em suas fronteiras. A medida, que entrará em vigor em 26 de dezembro, permitirá que autoridades exijam fotografias e outros dados biométricos em aeroportos, portos marítimos e passagens terrestres, com o objetivo de combater permanências ilegais e fraudes com passaportes.

Além das fotografias, a regulamentação abre a possibilidade de coleta de impressões digitais e DNA, refletindo um esforço mais amplo do governo para controlar a imigração ilegal. Com este novo sistema, também será possível fotografar crianças menores de 14 anos e idosos com mais de 79 anos, grupos que anteriormente estavam isentos da medida. A iniciativa surge em um contexto onde cerca de 42% dos imigrantes ilegais nos EUA ultrapassaram o prazo de validade do visto, segundo estimativas recentes.

Entretanto, essa ampliação do reconhecimento facial levanta questões sobre privacidade e possíveis erros de identificação, especialmente entre minorias. Grupos de vigilância expressaram preocupações sobre a precisão da tecnologia, que já foi criticada por apresentar falhas em identificar corretamente pessoas de diferentes etnias. O Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) espera que um sistema biométrico completo esteja totalmente em operação em todos os aeroportos comerciais e portos marítimos nos próximos três a cinco anos.

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