O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, sancionou em 21 de outubro de 2025 uma lei que estabelece o 4 de junho como o ‘Dia da Memória das Vítimas do Comunismo’. A nova data, proposta pelo deputado distrital Thiago Manzoni, foi aprovada na Câmara Legislativa com 16 votos a favor e 5 contra. A legislação prevê que o poder público realize atividades educativas sobre os impactos dos regimes comunistas ao longo da história.
A decisão provocou a demissão de Bartolomeu Rodrigues, chefe da Assessoria Institucional, que em carta aberta classificou a lei como um ato de ‘revisionismo histórico’ e criticou a falta de reconhecimento às vítimas da ditadura militar no Brasil. Rodrigues destacou figuras como o jornalista Vladimir Herzog e o estudante Honestino Guimarães, enfatizando a importância de não esquecer os horrores da repressão militar. Essa questão levanta um debate acirrado sobre a memória histórica e as interpretações das ditaduras.
Com a sanção, atividades em memória das vítimas do comunismo passarão a ser promovidas oficialmente no DF, gerando reações tanto de apoio quanto de resistência. A polêmica em torno da nova lei pode acentuar divisões políticas e sociais na região, despertando discussões sobre como o passado é lembrado e interpretado. A luta de Rodrigues pela revogação da norma promete continuar, evidenciando a complexidade do debate sobre memória e justiça histórica no Brasil.

