Celso Amorim, principal assessor de assuntos internacionais do presidente Lula, expressou preocupação em relação às recentes ameaças dos Estados Unidos de uma intervenção militar na Venezuela, onde Nicolas Maduro está no poder. Ele declarou que não se pode fazer uma comparação entre Maduro e Osama Bin Laden, ressaltando que o presidente venezuelano não é um patrocinador do terrorismo. Essas declarações foram feitas em uma entrevista na manhã de sexta-feira, 24 de outubro de 2025.
Amorim destacou que a movimentação militar dos EUA no Caribe, incluindo o uso de helicópteros que participaram da operação que matou Bin Laden, aumenta a tensão na região. Ele também enfatizou que a operação, que os EUA alegam ter como objetivo o combate ao tráfico de drogas, pode ter motivações políticas para derrubar o governo venezuelano. Apesar de sua preocupação com a situação, o ex-chanceler não participará da reunião entre Lula e Donald Trump, que ocorrerá em Kuala Lumpur, na Malásia.
A posição de Amorim reflete uma crescente inquietação sobre a estabilidade na América Latina, especialmente em um momento em que os EUA intensificam sua presença militar na região. A Venezuela, por sua vez, alega que as ações norte-americanas são um ataque à sua soberania, complicando ainda mais as relações entre os dois países. O desdobramento dessa situação poderá impactar não apenas as relações bilaterais, mas também a dinâmica política na América Latina como um todo.

