Flávio Bolsonaro, senador do PL-RJ, lançou sua candidatura à Presidência durante um evento em Brasília, onde defendeu a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Ele se posicionou como porta-voz de Jair Bolsonaro, afirmando que permanecerá lutando contra o que considera uma ‘quadrilha’ no poder. Sua entrada na disputa presidencial ocorre em um momento de fragilidade para outros membros da família, como o irmão Eduardo, que se encontra em exílio voluntário, e o ex-presidente, que enfrenta um futuro incerto após sua condenação.
A presença de Flávio na corrida eleitoral provoca tensões dentro da direita, onde a busca por uma candidatura unificada para enfrentar Lula em 2026 se torna cada vez mais desafiadora. O senador intensificou sua autocampanha, mas sua candidatura é vista com ressalvas por aliados e líderes de outros partidos, que temem que sua participação possa favorecer a reeleição do atual presidente. Pesquisas recentes indicam uma alta rejeição ao nome de Flávio, levantando dúvidas sobre sua viabilidade eleitoral e a possibilidade de uma chapa com a presença de um Bolsonaro.
Flávio também se destaca por sua posição como presidente da Comissão de Segurança Pública, onde tem promovido iniciativas de combate ao crime. Sua relação próxima com Jair Bolsonaro, que está em regime domiciliar, o torna um interlocutor importante para o ex-presidente e seus apoiadores. Entretanto, a insistência em manter um membro da família na disputa presidencial pode gerar fissuras ainda maiores entre as lideranças da direita, complicando ainda mais o cenário político a menos de um ano das eleições.

