Refugiados enfrentam escassez no campo de Mbera, em Mauritânia

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Cerca de 250 mil refugiados residem no campo de Mbera, localizado no sudeste da Mauritânia, próximo à fronteira com Mali. Este campo, que abriga uma população significativa de crianças, enfrenta graves dificuldades devido a cortes nas ajudas humanitárias. A situação precária de fornecimento de alimentos e serviços básicos tem se agravado, desafiando a sobrevivência dos residentes.

A vida no campo é marcada por dificuldades diárias, e Mohamed Ag Malha, um líder comunitário de 84 anos, realiza caminhadas regulares de mais de 11 km para monitorar o bem-estar dos moradores. Ele se estabeleceu em Mauritânia em 2012, mas sua história de deslocamento começou em 1991, quando fugiu de conflitos em sua terra natal, Timbuktu. Essas caminhadas não apenas mantêm sua saúde, mas também fortalecem os laços comunitários em um ambiente onde o apoio mútuo é crucial.

As implicações dos cortes de ajuda são alarmantes, pois comprometem a capacidade de atender às necessidades básicas dos refugiados. O cenário exige atenção urgente de organizações internacionais e governos para evitar uma crise humanitária ainda mais profunda. A história de Mohamed e dos outros refugiados serve como um lembrete poderoso da resiliência humana em face da adversidade e da necessidade de ação imediata.

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