O presidente da Argentina, Javier Milei, está prestes a enfrentar eleições cruciais no próximo domingo, que podem definir o futuro de suas rigorosas políticas econômicas. Com a aprovação de suas medidas em queda, os argentinos se preparam para votar em um pleito que representa um referendo sobre a austeridade e as reformas que ele propôs após um resgate financeiro dos Estados Unidos.
As eleições decidirão metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado, onde o partido de Milei, A Liberdade Avança, busca fortalecer sua presença legislativa. Os analistas apontam que um desempenho superior a 35% dos votos seria um sinal positivo de apoio ao presidente, especialmente em um contexto onde sua popularidade caiu abaixo de 40%. Essa votação é vista como uma oportunidade para Milei consolidar suas reformas e evitar que a oposição derrube seus vetos no Congresso.
Um resultado expressivo poderia permitir que o presidente avançasse com suas propostas de reformas trabalhistas e cortes de impostos. Contudo, se a tendência de queda na aprovação continuar, os investidores podem se preparar para uma alternativa política mais centrada nas eleições de 2027. A atuação do partido de Milei depende, assim, não apenas do desempenho nas urnas, mas também das alianças que ele for capaz de formar no Congresso.

