Colômbia denuncia EUA por ‘execuções’ em ataques no Caribe e Pacífico

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou os Estados Unidos de cometer ‘execuções extrajudiciais’ em ataques direcionados a barcos no Caribe e no Pacífico, durante uma coletiva realizada em Bogotá no dia 23 de outubro de 2025. Petro destacou que as manobras militares, autorizadas pelo presidente Donald Trump, infringem normas do direito internacional e configuram um uso desproporcional da força. Ele mencionou que um pescador colombiano foi assassinado em um dos ataques, levantando preocupações sobre a segurança e as ações dos EUA na região.

Em meio a um clima de crescente tensão, Trump já havia rotulado Petro como ‘barão da droga’ e ameaçado cortar subsídios à Colômbia, sugerindo a possibilidade de ações militares americanas no país. A situação se agrava com a confirmação de ataques que resultaram em 37 mortes, incluindo um ataque na costa colombiana. O secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, justificou os ataques alegando envolvimento dos alvos com narcotráfico, o que Petro contestou, afirmando que os barcos atingidos pertenciam a civis.

A resposta de Petro foi contundente, incluindo a convocação do embaixador colombiano em Washington, um gesto que sinaliza a insatisfação com as políticas de Trump. O contexto é ainda mais complexo com a situação na Venezuela e a autorização de operações da CIA em solo venezuelano, o que sugere uma escalada potencial no conflito regional. A retórica entre os líderes dos dois países indica que a crise poderá se intensificar ainda mais nos próximos meses.

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