Parlamentares da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressaram descontentamento com a decisão do Conselho de Ética da Câmara, que arquivou o processo disciplinar contra Eduardo Bolsonaro. A representação, proposta pelo PT, visava a cassação do deputado, acusado de articular ações prejudiciais a produtos brasileiros em relação a sanções dos Estados Unidos. Em resposta, os aliados do governo já reuniram o número necessário de assinaturas para recorrer da decisão do colegiado.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, destacou a rapidez na coleta das assinaturas, demonstrando a mobilização da base governista. A iniciativa será submetida à Mesa Diretora da Câmara, onde o presidente Hugo Motta terá a responsabilidade de decidir se o recurso será pautado. A situação gera uma pressão adicional sobre Motta, que já enfrenta desafios em sua gestão, especialmente relacionados ao polêmico PL da Anistia.
Caso Motta decida pautar o recurso, isso poderá desencadear novas tensões com os bolsonaristas, intensificando o embate político no Congresso. Alternativamente, se optar por não colocar a questão em pauta, ele poderá enfrentar críticas da base governista. Esse cenário indica que a relação entre os diferentes grupos políticos continua a ser volátil e desafiadora na atual legislatura.