O deputado Alfredo Gaspar, relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, anunciou que não visitará o ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo após receber autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Gaspar alegou que sua decisão visa evitar qualquer questionamento sobre sua atuação na comissão, que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social. Ele informou que, após a conclusão dos trabalhos da CPMI, solicitará novamente o agendamento da visita por meio do advogado de defesa de Bolsonaro.
As visitas à residência do ex-presidente, que se encontra em prisão domiciliar desde agosto, foram solicitadas pelos advogados do ex-mandatário e estão agendadas para ocorrer entre 28 e 31 de outubro. Entre os autorizados a se encontrar com Bolsonaro estão o ministro do Tribunal de Contas da União, Jorge Antônio de Oliveira, e o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho. Essas reuniões ocorrerão em horários previamente estabelecidos, garantindo um controle sobre os encontros.
A decisão de Gaspar reflete uma preocupação com a integridade do processo investigativo da CPMI do INSS e com as implicações políticas que sua visita poderia acarretar. Com Bolsonaro sob medidas cautelares, como a proibição de contato com autoridades estrangeiras e outros investigados, a situação continua a gerar debate sobre a relação entre as investigações e os direitos do ex-presidente. O desdobramento dessa questão pode influenciar tanto a CPMI quanto a imagem pública de Bolsonaro.

