O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, autorizou nesta quinta-feira, 23 de outubro, que o deputado Alfredo Gaspar, relator da CPMI do INSS, visite o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar. A visita estava agendada para o dia 29 de outubro, mas Gaspar optou por não comparecer, alegando que sua presença poderia gerar questionamentos sobre sua imparcialidade na relatoria da comissão.
A CPMI investiga denúncias relacionadas a descontos indevidos nas aposentadorias e pensões do INSS, um escândalo que abrange diversas gestões. A oposição vê nesta comissão uma oportunidade de desgastar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, utilizando a investigação como um instrumento político. Apesar de o caso de Bolsonaro ter implicações diretas, o relator decidiu se resguardar de possíveis críticas.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília desde agosto de 2025, por determinação do próprio Moraes, em um contexto de investigações sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. Além de Gaspar, outras visitas ao ex-presidente estão autorizadas, mas a decisão de não comparecer pode refletir uma estratégia mais ampla em relação ao processo político atual e à dinâmica da CPMI.

