Alta do petróleo impulsionada por sanções dos EUA à Rússia afeta Petrobras

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Em 23 de outubro de 2025, o barril de petróleo Brent experimentou um aumento significativo, saindo de US$ 61 para US$ 66, impulsionado por novas sanções dos Estados Unidos contra as empresas russas Rosneft e Lukoil. Essas sanções, em resposta à guerra na Ucrânia, provocaram uma escalada nos prêmios de risco associados à oferta de petróleo no Leste Europeu, refletindo diretamente nos mercados financeiros, especialmente no Brasil, onde as ações da Petrobras subiram 1,68%.

O cenário atual apresenta incertezas sobre a sustentabilidade dessa alta nos preços do petróleo. Embora as sanções possam criar um choque de oferta, analistas como Jorge Leon, da Rystad Energy, destacam que a Rússia tem experiência em contornar restrições e que a Índia, um dos maiores compradores de petróleo russo, pode buscar alternativas, o que complicaria a situação. Além disso, a OPEP+ continua a ter influência significativa sobre a oferta global, limitando o impacto das sanções.

As implicações das sanções afetam não apenas o preço do petróleo, mas também o comportamento do mercado de combustíveis no Brasil. Com a alta nos preços dos combustíveis nos EUA, empresas brasileiras de distribuição, como Ultrapar, Vibra e Raízen, podem se beneficiar, reduzindo a dependência de diesel importado da Rússia. Contudo, o impacto final das sanções ainda é incerto, e a Petrobras deve observar cuidadosamente os desdobramentos políticos e econômicos para planejar seus próximos passos.

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