Indústria automotiva enfrenta nova crise de semicondutores no Brasil

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A indústria automotiva global enfrenta uma nova crise de semicondutores, similar àquela vivida durante a pandemia de covid-19. A escassez de chips, que já afeta fábricas na Europa e coloca em risco o setor no Brasil, é resultado de tensões geopolíticas entre China, Estados Unidos e Holanda, especialmente envolvendo a fabricante Nexperia. O governo holandês assumiu o controle da Nexperia, levando a restrições nas exportações da China, o que impacta diretamente a produção automotiva.

As montadoras estão preocupadas com a interrupção das linhas de produção, uma vez que os chips são essenciais em praticamente todos os sistemas eletrônicos dos veículos. A Anfavea, associação do setor, já alertou o governo brasileiro sobre o risco de paralisação na produção nacional, solicitando ações emergenciais para evitar um colapso similar ao de 2020. Especialistas ressaltam que a situação atual revela a vulnerabilidade do Brasil, que depende fortemente de semicondutores importados e não desenvolveu capacidades tecnológicas locais.

Com a eletrificação dos veículos, a demanda por semicondutores tende a aumentar ainda mais, complicando a recuperação do setor automotivo. A Anfavea enfatiza a necessidade de mobilização imediata para evitar um desabastecimento global, que poderia agravar a situação já crítica do mercado, marcado por altas taxas de juros e demanda em queda. A urgência de soluções se torna evidente, à medida que o setor se prepara para enfrentar novas dificuldades no futuro.

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