Petróleo sobe mais de 5% com sanções dos EUA a petrolíferas russas

Bruno de Oliveira
Tempo: 2 min.

O preço do petróleo fechou em alta superior a 5% nesta quinta-feira, 23 de outubro, após os Estados Unidos imporem sanções às duas maiores petrolíferas da Rússia, Rosneft e Lukoil. A decisão, parte de um esforço conjunto com a União Europeia, busca pressionar o governo russo a negociar um cessar-fogo na Ucrânia. O petróleo WTI e o Brent atingiram suas máximas em duas semanas, refletindo a reação do mercado às novas restrições.

As sanções americanas foram implementadas em um contexto de preocupações crescentes sobre a oferta global de petróleo. A Capital Economics alertou que essas medidas podem criar um déficit no mercado em 2026, se a efetividade das sanções se concretizar. Entretanto, economistas, como Robin Brooks do Instituto Brookings, expressaram ceticismo quanto à sustentabilidade do aumento dos preços, dado que medidas anteriores não resultaram em ganhos permanentes.

O impacto das sanções também levou a China a considerar uma resposta para proteger seus interesses comerciais, enquanto estatais chinesas já iniciaram a suspensão de compras de petróleo russo. O ministro de Petróleo do Kuwait indicou que a Opep está preparada para aumentar sua produção, caso a escassez se torne uma realidade. O futuro do mercado de petróleo permanece incerto, dependendo da implementação e eficácia das novas regras impostas.

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