Durante o Fórum Econômico Indonésia-Brasil em Jacarta, o presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, expressou sua preocupação com a inflação que permanece acima da meta estabelecida. Galípolo enfatizou que, embora haja um processo de desinflação em curso, a política monetária restritiva precisará ser mantida por um período prolongado para enfrentar essa situação. A inflação atual é de 5,17%, enquanto a meta do BC é de 3%, com uma margem de 1,5 ponto percentual.
O presidente do BC destacou que o cenário inflacionário é motivo de incômodo, mas a instituição está atuando de maneira diligente para controlar os níveis de preços. A recente pesquisa Focus indicou que a expectativa é de que o IPCA feche o ano com um aumento de 4,70%, sem previsão de que o índice alcance o centro da meta até 2028. Essa situação exige uma manutenção das taxas de juros elevadas, atualmente fixadas em 15%, para garantir o controle da inflação.
Galípolo ressaltou que, apesar das dificuldades inflacionárias, a economia brasileira está em um ciclo de crescimento contínuo. A estratégia do Banco Central visa equilibrar o controle da inflação com a manutenção de níveis baixos de desemprego e crescimento positivo. A falta de previsões sobre a normalização da inflação gera incertezas sobre a trajetória econômica do país nos próximos anos.

