O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), está tentando se transferir da 1ª para a 2ª Turma, motivado por sua insatisfação com o julgamento da trama golpista que o isolou de seus colegas. O clima na Primeira Turma ficou insustentável, levando Fux a buscar um novo ambiente de trabalho. Essa mudança ocorre em meio a uma crescente tensão dentro do tribunal, especialmente em relação a Gilmar Mendes, que já expressou críticas contundentes ao voto de Fux em favor de Jair Bolsonaro.
A transferência de Fux para a 2ª Turma pode ser bem recebida por ministros como André Mendonça e Nunes Marques, permitindo a formação de uma aliança bolsonarista. No entanto, a presença de Gilmar Mendes e Dias Toffoli na mesma Turma pode dificultar a vida de Fux, que já teve desavenças com Mendes. O decano do STF é conhecido por sua postura crítica e pode contestar as decisões de Fux, potencializando as tensões internas.
Enquanto a situação se desenrola, a expectativa sobre a resposta do presidente do STF, Edson Fachin, e do ministro Flávio Dino é alta. Fux já demonstrou interesse em participar dos julgamentos agendados, mesmo que isso signifique continuar em um ambiente conflituoso. Com a possibilidade de aposentadoria antecipada, muitos especulam que Fux poderia se lançar na política, refletindo as incertezas que cercam sua posição no tribunal.

