O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou para a Malásia, onde pode se encontrar com Donald Trump no próximo domingo. O Itamaraty está adotando uma abordagem cautelosa, reconhecendo que organizar um encontro com o ex-presidente americano é uma tarefa complexa, comparada a controlar uma panela de pressão. A reunião, prevista para ocorrer durante a Cúpula da ASEAN, visa evitar constrangimentos e focar em questões comerciais e de investimentos.
A escolha do local neutro é parte da estratégia do Brasil para minimizar riscos, com temas pré-definidos que excluem política e polarização. O governo brasileiro espera que a aproximação entre os dois líderes possa resultar em ganhos concretos, como a revisão de tarifas aplicadas a produtos brasileiros e acordos de cooperação tecnológica. No entanto, os analistas alertam que até o momento, as interações têm sido mais superficiais, sem mudanças significativas na relação bilateral.
Caso o encontro se concretize, será uma oportunidade para Lula demonstrar resultados tangíveis, que incluem a redução de tarifas e a atração de investimentos. A expectativa é que a reunião possa marcar uma nova fase nas relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente após um período de atritos durante o governo anterior. Para muitos, o sucesso da diplomacia brasileira será medido pela capacidade de transformar a cordialidade em acordos efetivos e benefícios reais para a economia brasileira.