Viés estrutural nas indicações ao STF: desafios de mulheres negras

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A jurista Vera Lúcia Santana, mencionada como possível candidata a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), discutiu em entrevista a complexidade de ser uma mulher negra em busca de reconhecimento profissional. Em suas palavras, ela destacou que ‘o racismo e o machismo que se entrecruzam estabelecem limites até para o sonhar’, evidenciando os desafios estruturais que ainda persistem na sociedade brasileira.

O processo de nomeação de ministros ao STF, conforme a Constituição Federal, é realizado pelo presidente, com a necessidade de aprovação pelo Senado. Para ser indicado, o candidato deve ser brasileiro nato, ter entre 35 e 65 anos, possuir notável saber jurídico e reputação ilibada. Recentemente, um novo critério se tornou evidente: a confiança do presidente na pessoa escolhida, o que pode influenciar ainda mais as indicações, especialmente em um contexto de desigualdade.

Essas questões levantadas por Santana revelam um panorama mais amplo sobre a representação de minorias em posições de poder no Brasil. A discussão sobre a diversidade no STF é crucial, pois reflete a necessidade de inclusão e reconhecimento das experiências de mulheres negras na esfera pública. À medida que o debate avança, espera-se que a sociedade brasileira se mobilize em torno da igualdade e da justiça na nomeação de autoridades.

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