O livro ‘The Revolutionists’, escrito por Jason Burke, investiga a ascensão do extremismo político nas décadas de 1970, um período caracterizado por uma série de sequestros de aviões que chocaram o Ocidente. Essas ações, que eram frequentemente rotuladas como ‘skyjackings’, tornaram-se comuns e passaram a ser vistas como um rito de passagem para muitos indivíduos ligados a movimentos contraculturais. A facilidade com que os sequestros eram realizados evidenciava a fragilidade das medidas de segurança da época.
Burke traz uma rica análise histórica que abrange quatro continentes e utiliza fontes em várias línguas, oferecendo um panorama detalhado sobre a cultura e os eventos que moldaram essa era de terrorismo transnacional. O autor destaca que, apesar de tentativas de implementar medidas de segurança mais rigorosas, como detectores de metais e revistas, essas eram frequentemente consideradas excessivas e não foram efetivamente adotadas. Isso resultou em um cenário caótico, onde o sequestro de aviões se tornou uma prática recorrente, desafiando a segurança pública e a ordem mundial.
A obra de Burke não apenas explora o fenômeno dos sequestros, mas também contextualiza suas raízes na história árabe e iraniana, traçando paralelos com a evolução do extremismo. Ao revisitar essa época, o autor provoca reflexões sobre as consequências duradouras do terrorismo na política contemporânea e suas implicações para a segurança global. Sua análise detalhada serve como um alerta sobre a complexidade do extremismo e os desafios contínuos que ele representa.