O presidente interino do Peru, Jose Jeri, anunciou a declaração de estado de emergência em Lima e no porto de Callao, após semanas de protestos anti-governamentais. A medida, que será efetiva a partir da meia-noite de quarta-feira, permite ao governo utilizar o exército para patrulhar as ruas e restringir direitos civis, como a liberdade de reunião.
Em seu pronunciamento à nação, Jeri destacou que a decisão foi aprovada pelo conselho de ministros e se justifica pela crescente insatisfação popular relacionada a corrupção e crime organizado. O estado de emergência terá uma duração de 30 dias, com o objetivo de restaurar a ordem pública e conter os tumultos que eclodiram nas últimas semanas.
As implicações dessa medida são significativas, pois a mobilização das forças armadas pode aumentar as tensões entre o governo e os manifestantes. Além disso, a restrição de direitos civis levanta preocupações sobre a liberdade de expressão e a capacidade de manifestação no país, em um momento crítico para a democracia peruana.