O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados se reúne nesta quarta-feira, 22 de outubro, para decidir sobre a admissibilidade da representação que solicita a cassação do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O pedido, apresentado pelo Partido dos Trabalhadores, baseia-se em acusações de que o deputado teria infringido o decoro parlamentar ao fazer declarações ofensivas a instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal, e ao tentar influenciar autoridades estrangeiras a impor sanções ao Brasil.
O relator da ação, deputado Marcelo Freitas (União Brasil-MG), recomendou o arquivamento da representação, argumentando que as declarações de Eduardo Bolsonaro se configuram como exercício do direito à crítica política, protegido pela imunidade parlamentar. A proposta de arquivamento foi contestada pelo PT, que questionou a imparcialidade do relator, mas o pedido de suspeição foi negado pelo presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União Brasil-SC).
Além do caso de Eduardo Bolsonaro, o Conselho também irá deliberar sobre outras representações, incluindo uma contra o líder do PT na Câmara. A reunião, marcada para às 14h, é crucial, pois o desfecho pode impactar a dinâmica política e as relações dentro da Câmara, especialmente em um cenário de crescentes tensões entre os partidos envolvidos.