Na última terça-feira (21), o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, fez um pedido oficial para integrar os próximos julgamentos das ações penais relacionadas à trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido foi apresentado ao ministro Flávio Dino, que preside a Primeira Turma, após a condenação dos réus do Núcleo 4 por disseminação de desinformação sobre o processo eleitoral.
Fux já é membro da Primeira Turma, mas manifestou interesse em participar dos julgamentos dos Núcleos 3 e 2, que estão agendados para 11 de novembro e 9 de dezembro, respectivamente. Ele argumentou que o regimento interno do STF é omisso sobre sua participação em processos que já possui vinculações, enfatizando sua disposição em contribuir para a Justiça.
Em resposta, Flávio Dino informou que consultará o presidente do STF, Edson Fachin, sobre a viabilidade do pedido de Fux. A situação é complexa, pois a Primeira Turma poderá ficar com apenas quatro integrantes até que um novo ministro seja nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a vaga de Barroso, que se aposentou antecipadamente.