A Justiça da Colômbia decidiu, em 21 de outubro, anular a condenação do ex-presidente Álvaro Uribe por suborno de testemunhas e fraude processual. A medida reverte uma sentença de primeira instância de agosto, que havia tornado Uribe o primeiro ex-mandatário do país a ser condenado criminalmente e a perder a liberdade, resultando em 12 anos de prisão domiciliar.
A decisão foi proferida por um juiz do Tribunal Superior de Bogotá, que alegou a falta de provas suficientes e a ilegalidade das escutas utilizadas como evidência. O senador Iván Cepeda, autor da denúncia contra Uribe, já anunciou que pretende recorrer à Suprema Corte, enquanto o ex-presidente, que respondia ao processo em liberdade, expressou alívio e gratidão pela decisão judicial.
A anulação da condenação impacta o cenário político colombiano, especialmente com as eleições presidenciais se aproximando em 2026. Uribe, uma figura polarizadora, poderia considerar uma nova candidatura ao Senado ou à vice-presidência, enquanto seu opositor, o presidente Gustavo Petro, criticou a decisão, levantando questões sobre a corrupção política na Colômbia. Este desdobramento mantém o caso de Uribe como um dos mais controversos e midiáticos da história recente do país.

