O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta terça-feira (21), sete indivíduos envolvidos na tentativa de golpe de Estado promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, resultando em penas que variam de 7,5 a 17 anos de prisão. Essa decisão vem na sequência da condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão por liderar uma organização criminosa armada, visando manter-se no poder após sua derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva.
Os condenados, que incluem um policial federal e cinco militares, participaram de um núcleo de desinformação que disseminou informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. O relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, destacou que essas ações tinham como objetivo criar caos social e instabilidade, facilitando a ruptura institucional. Além disso, o STF deve publicar um documento detalhando as deliberações do processo em até 60 dias, permitindo que os réus recorram da decisão em um prazo de cinco dias após a publicação.
Enquanto isso, a Câmara dos Deputados avança em um projeto de lei que poderia abrir caminho para a anistia de Bolsonaro e dos demais condenados, embora tenha enfrentado resistência popular. A situação é ainda mais complexa, uma vez que Bolsonaro permanece inelegível até 2030 por ataques ao sistema de votação. Recentemente, uma conversa entre Donald Trump e Lula pareceu aliviar as tensões entre os dois líderes, trazendo novos desdobramentos à política brasileira.

