O preço do etanol no Rio Grande do Norte atinge R$ 5,14 por litro, desafiando a lógica de um mercado que deveria ser mais competitivo. Apesar de o estado produzir e vender o combustível diretamente das usinas para os postos, a diferença entre o custo de repasse de R$ 4,33 e o preço ao consumidor permanece inexplicável. Essa contradição tem gerado insatisfação entre os potiguares, que esperavam uma redução nos preços com a nova política de venda direta.
A política que visa cortar intermediários e reduzir custos logísticos não está se traduzindo em benefícios para o consumidor. Os postos de combustível mantêm preços elevados, enquanto órgãos de fiscalização, como o Procon e o Ministério Público, parecem não intervir efetivamente. Essa falta de transparência e a manutenção de margens de lucro altas levantam suspeitas sobre práticas de cartelização no setor, dificultando a concorrência real e penalizando o consumidor.
Se esse cenário persistir, a sustentabilidade do setor pode estar ameaçada. O crescente interesse por veículos elétricos e híbridos indica uma mudança nas preferências dos consumidores, que buscam alternativas mais econômicas. O etanol, que deveria ser um combustível acessível e limpo, corre o risco de se tornar uma opção menos viável, afetando sua imagem e potencial de mercado.