A Petrobras anunciou que recebeu a licença para iniciar a perfuração do primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas. Com um potencial estimado de 6,2 bilhões de barris de óleo equivalente, essa área pode representar mais da metade das reservas provadas atuais da empresa. A autorização foi concedida em um momento delicado, a duas semanas da COP30, gerando reações mistas entre o setor energético e ambientalistas.
O volume recuperável na Foz do Amazonas destaca a importância estratégica dessa região para a Petrobras, que busca novas frentes para manter sua relevância no mercado. Com a previsão de 15 poços a serem perfurados na Margem Equatorial até 2029, a companhia investirá cerca de US$ 3 bilhões. Especialistas afirmam que, diante do declínio das reservas do pré-sal, a exploração na Foz se torna essencial para garantir a autossuficiência do Brasil em petróleo.
No entanto, a decisão também provocou críticas por parte de organizações ambientais, que consideram a liberação um retrocesso em questões de sustentabilidade. A ABESPetro, por outro lado, vê a licença como um passo histórico para garantir o crescimento e a criação de empregos. A discussão sobre o uso adequado dos royalties nas regiões produtoras ganhará destaque nas próximas semanas, evidenciando a necessidade de um equilíbrio entre exploração e responsabilidade ambiental.