O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu a revisão gramatical de seu voto no caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é acusado de tentativa de golpe para anular a eleição de 2022. O pedido, feito em 10 de setembro de 2025, resulta em um atraso na publicação do acórdão, o documento que consolida o resultado do julgamento e define o prazo para os recursos das defesas.
O voto de Fux, com 429 páginas, inclui uma extensa análise teórica sobre os crimes imputados aos réus. A maioria do texto se dedica a explicar os requisitos para caracterizar os cinco crimes pelos quais Bolsonaro e outros sete réus foram denunciados. A revisão gramatical é o último passo necessário antes da formalização do acórdão, que ainda não foi publicado.
As implicações desse atraso são significativas, pois a publicação do acórdão é essencial para que as defesas possam apresentar seus embargos e recursos ao STF. Assim, a solicitação de revisão de Fux não apenas retarda o processo, mas também prolonga a incerteza em relação ao desfecho judicial do caso envolvendo o ex-presidente e a trama golpista.