Lilith Fair foi um festival musical itinerante exclusivamente feminino que marcou os Estados Unidos no final dos anos 1990. Com artistas como Sheryl Crow, Sinéad O’Connor e Missy Elliott, o evento destacou-se por sua proposta radical de empoderamento feminino em um cenário cultural dominado pela misoginia. Em 1999, durante o festival, Sheryl Crow comentou sobre a violência e o sexismo enfrentados no Woodstock ’99, expressando preocupação com o futuro da juventude americana.
O documentário “Lilith Fair: Building a Mystery”, lançado pela Disney+, resgata a relevância histórica do festival, mostrando como ele ofereceu uma alternativa progressista em uma época marcada por agressões contra mulheres e discursos conservadores. O evento reuniu grandes nomes da música e promoveu uma plataforma inclusiva que contrastava com o ambiente político e social da época, que já dava sinais do avanço de movimentos como o MAGA.
Hoje, a memória de Lilith Fair serve como um alerta sobre os retrocessos sociais e políticos vividos nos Estados Unidos, reforçando a importância de iniciativas culturais que promovam diversidade e igualdade. O resgate desse episódio histórico convida à reflexão sobre caminhos possíveis para a sociedade americana diante dos desafios atuais.