O estado de São Paulo confirmou até a noite de 1º de setembro dez casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas, incluindo uma morte confirmada e cinco sob investigação. Seis bares foram interditados na capital, nos bairros Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins e Mooca, além de estabelecimentos fechados em São Bernardo do Campo e Barueri, na Grande São Paulo. Durante as operações integradas desta semana, 942 garrafas foram apreendidas, e uma distribuidora teve sua inscrição estadual suspensa preventivamente.
O governo paulista criou um gabinete de crise para coordenar as ações das secretarias da Saúde, Segurança Pública, Fazenda e Justiça, além de instaurar cinco inquéritos para apurar os casos suspeitos. O metanol é uma substância altamente tóxica que pode causar cegueira permanente, insuficiência renal e pulmonar, coma e morte. Laboratórios em Campinas, Botucatu e Ribeirão Preto realizam exames rápidos para detectar a presença do álcool nas vítimas. A Secretaria da Fazenda também investiga os fornecedores das bebidas adulteradas para coibir a circulação dos produtos contaminados.
As autoridades recomendam que a população evite consumir bebidas de procedência duvidosa e procure atendimento médico imediato em caso de sintomas como visão turva, falta de ar ou mal-estar após ingestão alcoólica. O Ministério da Saúde orientou estados e municípios a notificarem imediatamente qualquer suspeita de intoxicação por metanol. A fiscalização continua intensificada para prevenir novos casos e garantir a segurança dos consumidores no estado.