Na quarta-feira, a Casa Branca reproduziu por horas vídeos deepfake com conteúdo racista que zombavam de líderes do Partido Democrata. Os vídeos, originalmente postados pelo ex-presidente Donald Trump em sua plataforma social, apresentavam áudio manipulado atribuindo insultos ao líder da minoria no Senado, além de mostrar o líder da minoria na Câmara com adereços estereotipados. A exibição ocorreu enquanto a administração Trump afirmava estar empenhada em negociar o fim da paralisação do governo.
Os vídeos utilizavam técnicas de inteligência artificial para criar imagens e sons falsos, promovendo uma narrativa ofensiva contra figuras políticas democratas. Um vice-presidente republicano chegou a comentar que achava os vídeos “engraçados” e que as críticas relacionadas a estereótipos culturais cessariam com a reabertura do governo. A situação levantou preocupações sobre o uso de desinformação e discurso de ódio em um ambiente político já polarizado.
Especialistas e opositores alertam que a circulação e exibição oficial desses conteúdos podem agravar tensões políticas e prejudicar o diálogo entre os partidos. Além disso, o episódio destaca os desafios enfrentados pelas instituições americanas diante da manipulação digital e do impacto das redes sociais na política contemporânea.