Na madrugada do dia 1º de outubro de 2025, a Câmara Municipal de Milão aprovou, por 24 votos a favor e 20 contra, a venda do estádio San Siro aos clubes Milan e Inter. A decisão autoriza a demolição do histórico estádio, inaugurado em 1926, para dar lugar a uma nova arena com capacidade para 71.500 torcedores. O projeto prevê que os clubes continuem utilizando o atual estádio até a conclusão da obra, prevista para 2032, ano em que a Itália sediará a Eurocopa junto com a Turquia.
O San Siro é um dos templos mais emblemáticos do futebol mundial, palco de conquistas memoráveis e ídolos como Paolo Maldini, Baresi, Kaká e Ronaldo. No entanto, sua estrutura antiga foi alvo de críticas da Uefa, que retirou o direito do estádio sediar a final da Champions League em 2027. O novo projeto, liderado pelos escritórios Foster + Partners e Manica, envolve um investimento estimado em 1,2 bilhão de euros e inclui uma ampla reurbanização do bairro, com espaços verdes e melhorias na mobilidade urbana.
Para Milan e Inter, a modernização é fundamental para aumentar receitas e competir com clubes das principais ligas europeias. Embora haja resistência por parte dos torcedores devido à carga histórica do San Siro, dirigentes garantem que elementos simbólicos serão preservados no novo complexo. A aprovação marca o fim de décadas de debates e abre caminho para um futuro mais sustentável e competitivo para o futebol italiano.