O ministro Walton Alencar, do Tribunal de Contas da União (TCU), declarou em 1º de outubro de 2025 que o tribunal falhou ao não agir com rapidez no processo sobre descontos indevidos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo ele, o relator do caso, ministro Aroldo Cedraz, teria retardado o andamento ao retirar o tema de pauta diversas vezes desde abril de 2024, prejudicando a adoção de medidas eficazes para proteger aposentados e pensionistas.
Durante a sessão, Walton Alencar destacou que as vulnerabilidades no sistema do INSS foram identificadas pelo TCU desde abril de 2024, mas as providências só ganharam visibilidade pública em abril de 2025. Ele criticou a falta de transparência e a repetida retirada do processo da pauta, algo incomum em sua experiência de mais de 30 anos no tribunal. Cedraz respondeu classificando as acusações como “absolutamente descabidas” e justificou as retiradas por motivos alheios à sua vontade, incluindo emergências pessoais e orientações da presidência do TCU.
O embate evidencia divergências internas sobre a condução das investigações e levanta questionamentos sobre a eficiência do TCU no combate a fraudes no INSS. A demora nas ações pode comprometer a proteção dos beneficiários e aumentar a pressão por maior transparência e rigor nos processos internos da corte. O ministro Cedraz prometeu apresentar resultados das investigações conduzidas por seu gabinete em momento oportuno.