A XP revisou sua projeção para o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, estimando que ele poderá alcançar 170 mil pontos até o final de 2026. Essa nova previsão substitui a anterior, que indicava 150 mil pontos para o fim deste ano, e baseia-se em um valuation considerado atrativo, com o índice negociado atualmente a 9,3 vezes o preço sobre lucro projetado.
Segundo os analistas da XP, setembro foi um mês positivo para a Bolsa brasileira, impulsionada pelo início do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. Esse movimento global estimulou investidores a buscarem ativos de risco, refletindo em ganhos expressivos para mercados emergentes, incluindo o Brasil, que acumula alta de 41% em dólares neste ano.
Apesar do debate local focar nos cortes da Selic e nas eleições, a força que tem elevado o Ibovespa vem principalmente do cenário internacional. A XP destaca que a migração de recursos da renda fixa para ações pode ser significativa caso os juros comecem a cair no Brasil. Historicamente, cortes de juros nos EUA elevam o índice MSCI Brasil, beneficiando especialmente setores ligados ao consumo interno, enquanto empresas de commodities tendem a ter desempenho mais moderado.